quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O andarilho...

Matéria muito legal da Revista Piauí, sobre a vida de FHC após deixar a presidência...
Legal de ler e também impossível de não notar, como é legal a pessoa ter preparo, conteúdo e estrutura para viver de maneira produtiva e participativa, mesmo longe do poder...

Segue o link :  O ex-presidênte ANDARILHO


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Olho a Olho, Cara a Cara...

Em discurso inflamado para tucanos, ex-presidente classifica sucessor de 'mesquinho' e de mentir 'sem cessar' sobre o País que encontrou ao assumir mandato.

 

Em sua mais contundente incursão na campanha tucana até agora, que incluiu a defesa de seu legado à frente do Palácio do Planalto, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, desafiou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um debate "cara a cara" após o fim das eleições.
Diante de centenas de militantes do PSDB, em um hotel na zona norte da capital paulista, FHC pediu a Lula que, quando "perder o monopólio da verdade", vá ao instituto que leva seu nome, em São Paulo, para debater. "Presidente Lula, quando acabar as eleições, quando você puser o pijama, será bem recebido. Venha ao meu instituto, vamos conversar, cara a cara", bradou, em discurso inflamado.
O ex-presidente, dizendo-se alvo de mentiras, passou a defender suas gestões na Presidência (1994–2002). As cenas, gravadas por uma equipe da campanha do presidenciável tucano José Serra – que não esteve no evento –, devem ir ao horário eleitoral.
"Estou calado há muitos anos ouvindo. Agora quando o presidente Lula vier, como deve vir, como todo presidente democrata eleito, perder a pompa toda, perder o monopólio da verdade, está desafiado a conversar comigo em qualquer lugar do Brasil", disse FHC.
"Não é para conversar para dizer o que eu fiz, o que ele fez. Isso o povo vai julgar. É para ter firmeza, olhando cara a cara, um ao outro, e ver se um é capaz de dizer ao outro as coisas que diz", continuou o ex-presidente.
Como exemplo dos pontos que abordaria no debate com Lula, FHC citou o Plano Real, principal bandeira tucana, e disse que questionaria o petista sobre as responsabilidades pela estabilização econômica do País.
"Quero ver o presidente Lula, que votou contra o Real, que fez o PT votar contra o Real, dizer que estabilizou o Brasil. Ele não precisa disso. Ele fez coisas boas que eu reconheço. Ele agiu bem na crise atual, financeira. Para que, meu Deus, ser tão mesquinho? É isso que quero perguntar a ele: ‘Lula, por que isso, rapaz?’", bradou.
Aos militantes tucanos, o ex-presidente apostou na veemência para que seu nome, antes escondido nas campanhas, passe a ser defendido abertamente.
"Eu não tenho do que me arrepender. Eu mudei o Brasil. Eu nunca disse isso. Agora, oito anos depois do governo Lula (digo que) eu mudei o Brasil. Não mudei sozinho, mas com o povo brasileiro, com uma equipe de gente competente, com outros partidos. Tudo o que foi inovador foi plantado naquele período. Chega de ficar calado", afirmou FHC.
Privatizações. O ex-presidente elevou o tom e pediu "respeito" ao rebater nota divulgada ontem pelo presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, que o acusou de preparar a estatal para a privatização.
"Quem é esse Gabrielli pra falar isso pra mim, meu Deus? Eu mandei uma carta ao Senado para dizer que não privatizaria a Petrobrás. Eu perdi uma cátedra porque eu defendi a Petrobrás e fui processado", anotou FHC.
De acordo com FHC, a "politicalha" voltou avançar sobre a estatal após sua saída do governo. "Por isso, perdeu já 20% do valor de mercado sob a batuta dessa gente. O mercado, assim chamado, percebeu agora – custou – que tem ingerência política", anotou.
Ao final do discurso, o ex-presidente lembrou ainda a queda da ex-ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, acuada por denúncias de lobby no Planalto. "Não queremos um Brasil de preguiçosos, não queremos um Brasil de amigos do rei. nós não queremos um brasil de companheiras tipo Erenice", anotou FHC, que pediu "apoio total" à candidatura de Serra.

 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Alo.... voce esta me ouvindo ???

Uma linha de celular por habitante

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL O GLOBO DESTA QUINTA-FEIRA.

A maior democratização da telefonia após a privatização é inegável. Em 1998 ─ ano em que a Telebrás foi vendida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por R$ 22,057 bilhões, fatiada em 12 empresas ─ havia telefones em apenas 32% dos lares brasileiros. Em 2009, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, os telefones, fixos ou celulares, chegavam a 84,3% das residências.
A grande vedete da privatização foi a telefonia celular. Se era artigo inexistente na vida do brasileiro comum antes de 1998, hoje há praticamente uma linha por habitante. Em relação aos 7,4 milhões de linhas há 12 anos, houve um salto de 2500%, para 190 milhões. Desse total, são 82% pré-pagos e 18%, pós-pagos.
Ter uma linha fixa pelos caminhos oficiais, antes da privatização, era tarefa dura. Imperava o mercado paralelo, em que uma linha podia custar US$ 10 mil. Telefone era um bem, declarado no Imposto de Renda. Em julho de 1998, mês da venda da Telebrás, existiam 20,37 milhões de telefones fixos no Brasil. Atualmente, são 44,2 milhões de linhas  instaladas, 117% a mais. E boa parte delas está ociosa, ou seja, sobra telefone fixo. As linhas em operação somam 32,6 milhões, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Ainda há muitos desafios, como baratear tarifas, melhorar os serviços e universalizar mais a telefonia. Mas a privatização foi o chute inicial para investimentos que permitiram que o país evoluísse em telecomunicações. E, tão importante quanto a privatização da telefonia, foi a decisão de derrubar o monopólio da Embratel no provimento de internet.


domingo, 3 de outubro de 2010

Relembrando.... Quem é mesmo querido pelo povo ?

Só para não ficar dúvida sobre quem é mesmo bom de voto...

As duas eleições para presidência que foram decididas no primeiro turno:

Ano
Candidato
% Votos Válidos
1994

Fernando Henrique Cardoso
55%
Lula
39%
1998
Fernando Henrique Cardoso
53%
Lula
31%
·         Fonte Tribunal Superior Eleitoral

Governo usa "rolo compressor" para eleger Dilma, diz FHC

Direto da Folha de SP de hoje !

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, declarou que nunca viu um governante fazer tamanha pressão para eleger um sucessor

O ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso vota em São Paulo 


"Você tem que ter políticos reais e não fantoches", diz FHC em referência indireta à candidata do PT, Dilma Rousseff
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) acusou neste domingo o atual governo de acionar um verdadeiro "rolo compressor" para viabilizar a eleição da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.


FHC, que votou pela manhã no Colégio Sion, na capital paulista, criticou o presidente Lula e disse que o Brasil nunca viu um governante fazer tamanha pressão para eleger um sucessor.
"O rolo compressor do governo nunca houve igual. Nunca antes na história da República, como o presidente Lula gosta de dizer. Nunca neste País, um presidente da República fez tanta pressão para ganhar uma eleição e, não obstante, ainda está aí, gemendo e chorando para ver se vai ou não vai", afirmou FHC.
Fantoche – O ex-presidente mostrou-se confiante de que haverá segundo turno em 31 de outubro para as eleições presidenciais. Chamou também, de forma indireta, a candidata petista de "fantoche". O comentário foi feito depois de FHC avaliar a transferência de votos do presidente Lula para a ex-ministra-chefe da Casa Civil. "Se houvesse transferência, hoje ela teria cerca 80% (das intenções de voto). Há alguma transferência, sem dúvida que houve. Mas tem que ver se isso é suficiente", comentou.
"O que está se demonstrando é que, a despeito da aprovação do presidente Lula, a candidata não conseguiu a mesma coisa. O importante não é a transferência de votos, é ter vontade política, capacidade de liderança. A minha objeção é a isso. Você tem que ter políticos reais e não fantoches", afirmou.
Ao explicar para alguns jornalistas porque usou o termo fantoche, ele avaliou que Dilma está "sempre grudada no presidente". Ressaltou que, até agora, a candidata não conseguiu desvincular sua imagem à de Lula. "Vamos ver agora como ela vai se desempenhar, ganhando ou perdendo. Quem sabe, ela se transforme em alguma coisa por ela própria. Vamos esperar."
O ex-presidente não quis comentar eventuais erros da campanha de José Serra, que não teriam permitido que o candidato do PSDB à Presidência estivesse liderando as pesquisas de opinião. Ele preferiu citar alguns êxitos da campanha. "Chegar até este ponto, em que você tem condições de continuar lutando, não é pouca coisa ante este rolo compressor que está montado aí", avaliou.
“Ela vai perder” – Fernando Henrique também não quis comentar qual seria a sua avaliação de um eventual governo Dilma Rousseff. "Eu não trabalho com esta hipótese, pois ela vai perder", destacou. Ele fez algumas análises sobre o desempenho do partido nas eleições deste ano. Destacou que não faltou apoio do PSDB a Serra, com quem "cerrou fileiras". Contudo, destacou uma avaliação um pouco mais detalhada, em tom de autocrítica, da postura do partido em relação à campanha. Perguntado sobre porque o PSDB chegou numa terceira eleição presidencial consecutiva atrás do PT nas pesquisas de opinião, ele respondeu que, se tivessem sido feitas propostas mais corretas, teria sido mais fácil.
"Temos que ser realistas nisso. Tem que aprender com o que fez. Tem que mudar e melhorar. Mas, no conjunto, é um partido que está em pé. É um dos mais jovens dos três grandes que estão aí", comentou o ex-presidente da República. "O mundo muda. As pessoas têm que mudar com muita energia. Tem que rejuvenescer. O Brasil é composto por uma população muito jovem. Hoje, a internet tem uma importância enorme. A população tem aspirações novas também. O partido tem que estar sempre em movimento", disse.
FHC afirmou que o eleitorado não segue as regras de um partido, mas sim seus impulsos. "E o fato de o Serra ter conseguido manter com toda dificuldade uma base eleitoral grande, eu acho que é uma coisa importante", comentou. Fernando Henrique fez comentários otimistas sobre qual será o futuro do PSDB após as eleições deste doming. "Vamos ver no fim do dia. Não adianta a gente precipitar os resultados. Eu acho que, até agora, a expectativa hoje é boa, porque há expectativa de segundo turno (para Presidente) e vamos ganhar nos principais Estados do País. Não é mal", considerou.
Perguntando sobre como ficaria o PSDB no caso de uma vitória de Dilma Rousseff para Presidência e de Geraldo Alckmin, do PSDB, no governo de São Paulo, além de uma eventual eleição de Aécio Neves ao Senado por Minas Gerais, ele comentou: "O partido fica bem de qualquer maneira. O partido tem vitalidade. Tem demonstrado isso." Já voltando para sua casa, FHC manifestou, de forma indireta, que uma vitória da situação seria um fato normal. "Ganhe quem ganhar, é o jogo da democracia", analisou.
DEM – Fernando Henrique criticou o presidente Lula por sua declaração de que quer “extirpar” o DEM da política brasileira. “Um presidente representa o país. Ele pode e deve expressar o seu partido, mas não pode se transformar em um instrumento de pressão contra o seu adversário, transformá-lo em inimigo e falar até em eliminar o seu inimigo. Isso não pode. Aí você deixa de ser chefe de estado para ser chefe de um pedaço. Facção é um pedaço”, disse.
(com Agência Estado)